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domingo, janeiro 09, 2011

Entrevista com Restart *

Vocês pararam pra pensar no quanto a vida de vocês mudou do começo do ano pra cá ?
Pe Lanza : Eu nem procuro parar pra pensar, pra não pirar. Eu penso em todos os meus amigos que foram pra faculdade, e eu fui pra um caminho completamente oposto. A galera vai estudar de novo pra poder se encaixar numa profissão. Eu não, eu me achei quando tinha 16,17 anos.
Koba : Acho que eu penso nisso todo dia. As vezes, nem acredito que sou eu vivendo isto, parece que sou fã da minha banda, e pô, sou eu ali. Este ano nós realizamos tantos sonhos e, agora, parece que tudo o que quisermos sonhar vamos conseguir, se esta galera estiver junto com a gente.
Pe Lanza : Estamos ganhando dinheiro com uma que levávamos como diversão.


Vocês se lembram de alguns perrengues que passaram no início da carreira ?
Pe Lanza : Teve uma vez que fomos tocar em Curitiba e nosso show estava marcado pra meio-dia. Entramos no palco as duas horas da manhã! E pra tocar cinco músicas, porque o cara cortou nosso set list, já que éramos a última banda. Ficamos o tempo inteiro esperando deitados numa cozinha, um lugar muito sujo! E detalhe: estávamos sem comer o dia inteiro. Quando fomos falar com o produtor do show, ele tirou R$ 5 da carteira e falou pra comprarmos um hot-dog e dividir entre nós quatro.
Thomas : Antes, eu que tinha que montar a bateria. Os moleques ficavam no camarim com a guitarra, lá bonitinhos, e quem  descia pra montar a bateria? Eu! Eu descia no palco a galera gritando, montava e voltava pro camarim. Aí na hora do show, eu descia de novo como se nada tivesse acontecido, como se eles não tivessem me visto passando lá [risos]. Por muito tempo nós não tivemos roadie, nossos pais que ajudavam a gente. Nossa, tem muita história.


A fama ajudou a ficarem com mais meninas ?
Thomas : Putz, vou te falar que eu pegava muito mais antes! Eu tinha mais tempo, mais disponibilidade. Hoje em dia a galera quer ficar com você pelo que você tem e não pelo que você é. Antes eu tinha muitas amigas que se tornavam ficantes, namoradas, mas hoje em dia é mais difícil. A gente tem que relacionar com meninas do mesmo ramo pra poder entender. Como você vai namorar uma menina " normal " pra deixar ela aqui em São Paulo, enquanto você faz 20 shows por mês? Ela vai pra baladas e como você vai confiar ?

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